Termina por agora o funcionamento deste blog.
A partir de agora consultem: http://amusicaportuguesaagostardelapropria.org/
21/10/11
19/10/11
CANGARRA
Cangarra - I from MPAGDP on Vimeo.
PROJECTO 265
Gravado a 16 de Outubro no Guincho.
Realização: Marina Guerreiro
Som: Mariana Rodrigues
Canon 5D
Beyer dynamic
Ricardo Martins / Cláudio Fernandes. Barcelona / Lisboa.
CROMAKI
Cromaki - Bela Adormecida from MPAGDP on Vimeo.
PROJECTO 264
"Bela Adormecida"
Gravado a 18 de Outubro no Onda Jazz, Lisboa
Realização: Filipe Brás
Som: Mariana Rodrigues
Canon 7D
Sony ECM-999PR e Fostex
Um salto subtil entre o tradicional e o moderno da música portuguesa e brasileira e com um agradável sabor étnico emitido pelo peculiar sonoridade da tradicional Viola Caipira brasileira, a sobrinha directa das violas braguesa, campaniça, amarante e beiroa.
Com concepção original, os Cromaki contam histórias através de suas canções que falam do quotidiano de todos nós.
CROMAKI
Cromaki - Sem Fronteiras from MPAGDP on Vimeo.
PROJECTO 264
"Sem Fronteiras"
Gravado a 18 de Outubro no Onda Jazz, Lisboa
Realização: Filipe Brás e Mariana Rodrigues
Som: Filipe Brás
Canon 7D
Sony ECM-999PR e Fostex
Um salto subtil entre o tradicional e o moderno da música portuguesa e brasileira e com um agradável sabor étnico emitido pelo peculiar sonoridade da tradicional Viola Caipira brasileira, a sobrinha directa das violas braguesa, campaniça, amarante e beiroa.
Com concepção original, os Cromaki contam histórias através de suas canções que falam do quotidiano de todos nós.
17/10/11
CIPRIANO MESQUITA
Cipriano Mesquita - Ícaro from MPAGDP on Vimeo.
PROJECTO 150
"Ícaro"- Acompanhado à viola por Alexandre Bernardo
Gravado no Pateo de Confradique - Lisboa
4 de Junho de 2011
Realização: Marina Guerreiro
Som: Andrea Rocha
Canon 5D
Micro beyerdynamic EMX 86
São sons de guitarra portuguesa.
São pedaços de Paredes.
São tons de praias numa ilha cor de barro.
São as outras vozes de Marceneiros.
São músicas que provavelmente ouviu naquele dia.
São Alfama em 2011.
facebook.com/ciprianomesquita
myspace.com/ciprianomesquita
CIPRIANO MESQUITA
Cipriano Mesquita - Contrariado from MPAGDP on Vimeo.
PROJECTO 150
"Contrariado" Acompanhado à viola por Alexandre Bernardo
Gravado no Pateo de Confradique - Lisboa
4 de Junho de 2011
Realização: Marina Guerreiro
Som: Andrea Rocha
Canon 5D
Micro beyerdynamic EMX 86
São sons de guitarra portuguesa.
São pedaços de Paredes.
São tons de praias numa ilha cor de barro.
São as outras vozes de Marceneiros.
São músicas que provavelmente ouviu naquele dia.
São Alfama em 2011.
http://www.facebook.com/ciprianomesquita
myspace.com/ciprianomesquita
DEZIDÉRIO LÁZARO TRIO
Desidério Lázaro Trio - Improvisação 2 from MPAGDP on Vimeo.
PROJECTO 263
Improvisação 2
Gravado a 15 de Outubro em Campo de Ourique, Lisboa
Realização: Mariana Rodrigues
Som: Filipe Brás
Canon 5D
T-bone sc140 e Behringer
DESIDÉRIO LAZÁRO TRIO
Desidério Lázaro Trio - Improvisação 1 from MPAGDP on Vimeo.
PROJECTO 263
Improvisação 1
Gravado a 15 de Outubro em Campo de Ourique, Lisboa
Realização: Mariana Rodrigues
Som: Filipe Brás
Canon 5D
T-bone sc140 e Behringer
13/10/11
GRUPO DE ADUFEIRAS DA CASA DO CONCELHO DE IDANHA-A-NOVA
Grupo de Adufeiras da Casa do Concelho de Idanha-a-Nova from MPAGDP on Vimeo.
PROJECTO 262
Gravado em Lisboa, domingo 27 de abril de 2008
Realização e Som: Martin Pawley
GATO POR LEBRE
Gato por Lebre - Sombras da Gulbenkian from MPAGDP on Vimeo.
PROJECTO 261
"Sombras da Gulbenkian"
Gravado a 11 de Outubro de 2011, na cúpula do Centro Galego de Lisboa.
Realização: Filipe Brás
Som: Mariana Rodrigues
Canon 5D
Beyer Dynamic
O projecto Gato por Lebre nasceu em 2010, mas já tinha sido idealizado em 2009. O objectivo era específico, tocar música que vivesse e fosse beber à tradição dos últimos 50 anos da música portuguesa, desde a música de intervenção dos cantautores do pré 25 de Abril, passando pelos blues dos anos 70, à onda pop dos anos 80 e culminando com a explosão rock dos anos 90, nunca descurando a tradição musical nacional e as suas raízes. Nem sempre o caminho era bem definido, nem sempre a forma era clara, mas o objectivo sempre foi este. Em 2010 Rafael Martinez Cláudio e Jorge de Almeida juntam-se com este intuito, poucos meses mais tarde encontram Tiago Galvão que desde o início percebeu o que se pretendia. Algum tempo depois junta-se Luis Peixoto, recentemente chegado a Lisboa e vindo do universo do Rock mais pesado, acabando também este por se fascinar com esta ideia. Por fim, Marta Ribeiro junta-se com a sua viola de arco, para dar o toque de requinte que faltava. Fica assim fechada a estrutura que compõe os Gato por Lebre. O tipo de música é difícil de definir mas reside algures entre o Folk e o Rock, tendo como base primordial o intuito de ser Música Portuguesa.
06/10/11
FRANCIS BELL
Francis Bell - Catherine from MPAGDP on Vimeo
PROJECTO 260
"CATHERINE"
Gravado a 5 de Outubro de 2011, na Graça.
Realização: Mariana Rodrigues
Som: Márcia Sousa
Canon 5D
Beyer Dynamic
“At Any Given Time” foi escrito por Francis Bell, Francis Bell que se saiba não tem data de nascimento, nacionalidade e gostos pessoais a que certamente ajudariam a traçar-lhe um perfil mais ou menos exacto.
Francis Bell não tem nada disso, que se saiba, ou que alguém já tenha ouvido da sua boca ou lido da sua escrita. Francis Bell sabe que não existe na verdadeira acepção da palavra, e isso tão pouco lhe importa e muito menos a nós, meros espectadores, sábios, que nos contentamos com o espectáculo do mundo.
A Indentidade, Cada um tem a sua, Francis Bell não a tem, ou não quer ter, ou não quer que esta seja publica. Francis Bell escreveu dez canções que não são canções, Fê-lo numa semana, Para Francis Bell a semana devia ter dez dias, ou tantos quantas canções tivesse o seu álbum. Francis Bell toca piano e tudo o resto que se ouve em “At Any Given Time”, Francis Bell canta aqui e ali, mas não sabe o que canta, nem nós entendemos o que ele canta, se realmente chega a cantar, por vezes a duvida instala-se, mas estão lá os pianos para nos desviar a atenção e perceber que a vida é um todo e não parte de um todo. Provavelmente é esta a mensagem escondida em “At Any Given Time”, mas pode muito bem ser outra, ou até nenhuma.
Francis Bell não existe, mas acredita que merece ver-se escrito em itálico. Francis Bell não se leva a sério, e nós também não. “At Any Given Time” é aquilo que quisermos, é a única coisa que Francis Bell sabe.
vaiumagasosa.com
francisbell.bandcamp.com
FRANCIS BELL
Francis Bell - Monsaraz from MPAGDP on Vimeo
PROJECTO 260
"MONSARAZ"
Gravado a 5 de Outubro de 2011, na Graça.
Realização: Mariana Rodrigues
Som: Márcia Sousa
Canon 5D
Beyer Dynamic
“At Any Given Time” foi escrito por Francis Bell, Francis Bell que se saiba não tem data de nascimento, nacionalidade e gostos pessoais a que certamente ajudariam a traçar-lhe um perfil mais ou menos exacto.
Francis Bell não tem nada disso, que se saiba, ou que alguém já tenha ouvido da sua boca ou lido da sua escrita. Francis Bell sabe que não existe na verdadeira acepção da palavra, e isso tão pouco lhe importa e muito menos a nós, meros espectadores, sábios, que nos contentamos com o espectáculo do mundo.
A Indentidade, Cada um tem a sua, Francis Bell não a tem, ou não quer ter, ou não quer que esta seja publica. Francis Bell escreveu dez canções que não são canções, Fê-lo numa semana, Para Francis Bell a semana devia ter dez dias, ou tantos quantas canções tivesse o seu álbum. Francis Bell toca piano e tudo o resto que se ouve em “At Any Given Time”, Francis Bell canta aqui e ali, mas não sabe o que canta, nem nós entendemos o que ele canta, se realmente chega a cantar, por vezes a duvida instala-se, mas estão lá os pianos para nos desviar a atenção e perceber que a vida é um todo e não parte de um todo. Provavelmente é esta a mensagem escondida em “At Any Given Time”, mas pode muito bem ser outra, ou até nenhuma.
Francis Bell não existe, mas acredita que merece ver-se escrito em itálico. Francis Bell não se leva a sério, e nós também não. “At Any Given Time” é aquilo que quisermos, é a única coisa que Francis Bell sabe.
vaiumagasosa.com
francisbell.bandcamp.com/
LES MECKINGUIPES
Les Meckinguipes - Doce Ambar from MPAGDP on Vimeo
PROJECTO 259
"DOCE AMBAR"
Gravado a 5 de Outubro de 2011, no Jardim das Oliveiras no CCB, junto a Escultura Habitável do Artista Miguel Arruda.
miguelarruda.com
Realização: Mariana Rodrigues
Som: Márcia Sousa
Canon 5D
Beyer Dynamic
"Les Meckinguipes" = 2 pessoas que tocam de modo rústico. Secalhar até chegam mesmo a tocar MAL, não são obviamente nenhuns prodígios em nenhum instrumento, e certamente nunca o serão senão estudarem os métodos clássicos em escolas para músicos de verdade. Contudo pensam mesmo que fazem alguma coisa mais ou menos audível, sendo clara e unicamente, sempre pouco musical. Gente como esta não conseguirá obviamente chegar a lado nenhum. Coisas de gente rude, que toca e canta, igualmente (de forma) rude!
Apesar de tudo, têm conseguido levar o seu barulho a diversos locais, como o festival Paredes de Coura ’11, entre outros.
Munidos de Guitarra Portuguesa (com efeitos), Bateria, Vozes e Teclados, esta gente assustadora, já lançou 2 EP’s (para download gratuito): “RUDE:GENTE” e “Arca Arcaica”, e prepara-se para lançar um album rude brevemente.
LES MECKINGUIPES
Les Meckinguipes - Entender Oportuno from MPAGDP on Vimeo
PROJECTO 259
"ENTENDER OPORTUNO"
Gravado a 5 de Outubro de 2011, no Jardim das Oliveiras no CCB, junto a Escultura Habitável do Artista Miguel Arruda.
miguelarruda.com
Realização: Mariana Rodrigues
Som: Márcia Sousa
Canon 5D
Beyer Dynamic
"Les Meckinguipes" = 2 pessoas que tocam de modo rústico. Secalhar até chegam mesmo a tocar MAL, não são obviamente nenhuns prodígios em nenhum instrumento, e certamente nunca o serão senão estudarem os métodos clássicos em escolas para músicos de verdade. Contudo pensam mesmo que fazem alguma coisa mais ou menos audível, sendo clara e unicamente, sempre pouco musical. Gente como esta não conseguirá obviamente chegar a lado nenhum. Coisas de gente rude, que toca e canta, igualmente (de forma) rude!
Apesar de tudo, têm conseguido levar o seu barulho a diversos locais, como o festival Paredes de Coura ’11, entre outros.
Munidos de Guitarra Portuguesa (com efeitos), Bateria, Vozes e Teclados, esta gente assustadora, já lançou 2 EP’s (para download gratuito): “RUDE:GENTE” e “Arca Arcaica”, e prepara-se para lançar um album rude brevemente.
LES MECKINGUIPES
Les Meckinguipes - Branca Lua from MPAGDP on Vimeo
PROJECTO 259
"BRANCA LUA"
Gravado a 5 de Outubro de 2011, no Jardim das Oliveiras no CCB, junto a Escultura Habitável do Artista Miguel Arruda.
miguelarruda.com
Realização: Márcia Sousa
Som: Mariana Rodrigues
Canon 5D
Beyer Dynamic
"Les Meckinguipes" = 2 pessoas que tocam de modo rústico. Secalhar até chegam mesmo a tocar MAL, não são obviamente nenhuns prodígios em nenhum instrumento, e certamente nunca o serão senão estudarem os métodos clássicos em escolas para músicos de verdade. Contudo pensam mesmo que fazem alguma coisa mais ou menos audível, sendo clara e unicamente, sempre pouco musical. Gente como esta não conseguirá obviamente chegar a lado nenhum. Coisas de gente rude, que toca e canta, igualmente (de forma) rude!
Apesar de tudo, têm conseguido levar o seu barulho a diversos locais, como o festival Paredes de Coura ’11, entre outros.
Munidos de Guitarra Portuguesa (com efeitos), Bateria, Vozes e Teclados, esta gente assustadora, já lançou 2 EP’s (para download gratuito): “RUDE:GENTE” e “Arca Arcaica”, e prepara-se para lançar um album rude brevemente.
SELMA UAMUSSE
Selma Uamusse - Flor sem tempo from MPAGDP on Vimeo
PROJECTO 258
"FLOR SEM TEMPO"
Gravado no Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, 5 de Outubro de 2011. No âmbito do programa de Soraia Simões, Mural Sonoro, "Retratos com música dentro".
Realização: Tiago Pereira e Mariana Rodrigues
Som: Márcia Sousa
Canon 5D
Beyer Dynamic
SELMA UAMUSSE
Selma Uamusse - Fui ter com a madrugada from MPAGDP on Vimeo
PROJECTO 258
"FUI TER COM A MADRUGADA"
Gravado no Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, 5 de Outubro de 2011. No âmbito do programa de Soraia Simões, Mural Sonoro, "Retratos com música dentro".
Realização: Tiago Pereira e Mariana Rodrigues
Som: Márcia Sousa
Canon 5D
Beyer Dynamic
MÃO MORTA
Mão Morta - ''Novelos da Paixão'' from MPAGDP on Vimeo
PROJECTO 256
"NOVELOS DA PAIXÃO"
Soundcheck na Sala TMN ao vivo.
Lisboa, 01 de Outubro de 2011
Realizador: Marco Pereira
Assistente de Realização: Marina Guerreiro
Som: Mariana Rodrigues
CANON XHA1S
Beyer Dynamic ligado a Tascam Hd P2
Reza a lenda que Joaquim Pinto se encontrou com Harry Crosby, baixista dos Swans, durante um concerto da banda americana na cidade de Berlim, em Outubro de 1984. "Tens cara de baixista", terá dito Crosby a Joaquim Pinto. No mês seguinte, Joaquim Pinto comprou um baixo e fundou, em conjunto com Miguel Pedro e Adolfo Luxúria Canibal, os Mão Morta. Braga, cidade dos arcebispos e bastião por excelência da direita ultra-conservadora, via assim nascer, por ironia do destino, uma banda cuja postura viria, ao longo dos anos, a afrontar os valores morais e políticos de uma sociedade culturalmente atrasada e na ressaca do salazarismo. Mas a verdade é que a cidade de Braga tornou-se, no início dos anos 80, palco de uma intensa agitação cultural. Afinal, por força da Universidade do Minho, aí sediada, Braga era, e continua a ser, uma das mais jovens cidades do país, em termos de população.
Antes dos Mão Morta, Adolfo Luxúria Canibal e Zé dos Eclipses foram os Bang-Bang, banda que nasceu no carnaval de 1981. Seguir-se-iam, ainda no mesmo ano, os AuAuFeioMau, por onde passaram vários jovens artistas bracarenses. Este projecto aliava a música a outras formas de expressão artística - «Rococó, faz o galo» (espectáculo multimédia de dança, teatro, mímica e música - Abr'83); «Dos gatos brancos que jazem mortos na berma do caminho-de-ferro» (espectáculo em conjunto com Carlos Corais - performance musical a partir de ruídos de comboios - Jul'83); «Labiú e a pulga amestrada» (performance circense - Dez'83.) No carnaval de 1984, Adolfo formou com Joaquim Pinto e Miguel Pedro, os PVT Industrial, um grupo de berbequins e ritmos de teares, tendo sido os primeiros bracarenses a tocar em Lisboa (ESBAL). Mas foi em Novembro do mesmo ano que se deu a formação dos Mão Morta. Joaquim Pinto no baixo, Miguel Pedro na guitarra e Adolfo Luxúria Canibal na voz. Fitas pré-gravadas e programações rítmicas do colectivo.
O concerto de estreia dos Mão Morta teve lugar no Orfeão da Foz, no Porto, a 12 de Janeiro de 1985. Dois meses mais tarde entra para a banda o guitarrista Zé dos Eclipses, passando Miguel Pedro para a bateria. Em Novembro, os Mão Morta saíram do 1º Concurso de Nova Música Rock, do Porto, com o quarto lugar, atrás de Bramassaji, Entes Queridos e AF Gang. Poucos dias depois, davam a sua primeira entrevista, no DN, a Fernando Sobral, para quem os MM eram "indiscutivelmente a melhor banda portuguesa do momento".
03/10/11
SOUSA & FERRANDINI
Sousa & Ferrandini - Improvisação Livre from MPAGDP on Vimeo
PROJECTO 257
"IMPROVISAÇÃO LIVRE"
Gravado na loja trem azul tremazul.com/ a 29 de Setembro de 2011
Realização: Tiago Pereira
Som: Mariana Rodrigues
Consultora Musical: Soraia Simões
Assistência: Matias Pereira Braga
Canon 5D
Beyer Dynamic
Dois jovens, um saxofone barítono, uma bateria. A noção do prisma catatónico, amplo e ansioso pela constante liberdade artístico-musical que há na free jazz.
Numa tarde de gravação em que se sentiu o respirar turbulento, ininterrupto, contundente e improvisador, quanto baste, febril como revoltoso do dueto.
As analogias poderão ser naturalmente feitas pelo audiófilo mais estreito às delirantes ondulações/comprimentos de onda de tão jovens emissores. Aliás, eles próprios depois de captados pela câmara o revelam, ao assumir os seus gostos particulares. De Sun Ra a JohnTchicai, de Frank Wright a Carla Bley entre um conjunto de outros rochedos de frequência musical que os anima enquanto melómanos e quiçá no momento de criação em tempo e local reais.
As grandes viagens são assim. Não se medem apenas na durabilidade do encontro, nem na panóplia instrumental e electrónica dos materiais e práticas da sua execução. Potenciam-se e, podem crescer, na entrega, no efeito algo semelhante ao friccionar dos nossos sentidos e mente tal como conseguido pelas viagens focadas de um Sun Ra ou o grito contínuo de um ‘Free Jazz’ (Ornette Coleman e Don Cherry, 1960).
Esta tarde de gravação trouxe obviamente dois jovens com ainda muito para explorar a esses níveis, mas deu-nos também, devido à sua frescura, a anímica central que tende por vezes a dissipar-se no seio de tal Arte Musical: a trivialidade envolta de entrega e volates que disparam em sentidos, por vezes adjacentes, da bateria e as tensões acumuladas que se evadem no sopro do sax.
A transcendência, as suas influências/agentes referenciais (baseadas na sua génese por outras influências periféricas) dão ao duo aquele início algo polimórfico e irascível necessário à explosão de tal tipologia musical.
Soraia Simões, para MPAGDP
Gravado na loja trem azul tremazul.com/ a 29 de Setembro de 2011
Realização: Tiago Pereira
Som: Mariana Rodrigues
Consultora Musical: Soraia Simões
Assistência: Matias Pereira Braga
Canon 5D
Beyer Dynamic
Dois jovens, um saxofone barítono, uma bateria. A noção do prisma catatónico, amplo e ansioso pela constante liberdade artístico-musical que há na free jazz.
Numa tarde de gravação em que se sentiu o respirar turbulento, ininterrupto, contundente e improvisador, quanto baste, febril como revoltoso do dueto.
As analogias poderão ser naturalmente feitas pelo audiófilo mais estreito às delirantes ondulações/comprimentos de onda de tão jovens emissores. Aliás, eles próprios depois de captados pela câmara o revelam, ao assumir os seus gostos particulares. De Sun Ra a JohnTchicai, de Frank Wright a Carla Bley entre um conjunto de outros rochedos de frequência musical que os anima enquanto melómanos e quiçá no momento de criação em tempo e local reais.
As grandes viagens são assim. Não se medem apenas na durabilidade do encontro, nem na panóplia instrumental e electrónica dos materiais e práticas da sua execução. Potenciam-se e, podem crescer, na entrega, no efeito algo semelhante ao friccionar dos nossos sentidos e mente tal como conseguido pelas viagens focadas de um Sun Ra ou o grito contínuo de um ‘Free Jazz’ (Ornette Coleman e Don Cherry, 1960).
Esta tarde de gravação trouxe obviamente dois jovens com ainda muito para explorar a esses níveis, mas deu-nos também, devido à sua frescura, a anímica central que tende por vezes a dissipar-se no seio de tal Arte Musical: a trivialidade envolta de entrega e volates que disparam em sentidos, por vezes adjacentes, da bateria e as tensões acumuladas que se evadem no sopro do sax.
A transcendência, as suas influências/agentes referenciais (baseadas na sua génese por outras influências periféricas) dão ao duo aquele início algo polimórfico e irascível necessário à explosão de tal tipologia musical.
Soraia Simões, para MPAGDP
MÃO MORTA
Mão Morta - ''Véus Caidos'' from MPAGDP on Vimeo
PROJECTO 256
"VÉUS CAÍDOS"
Soundcheck na Sala TMN ao vivo.
Lisboa, 01 de Outubro de 2011
Realizador: Marco Pereira
Som: Mariana Rodrigues e Marina Guerreiro
CANON XHA1S
Beyer Dynamic ligado a Tascam Hd P2
Reza a lenda que Joaquim Pinto se encontrou com Harry Crosby, baixista dos Swans, durante um concerto da banda americana na cidade de Berlim, em Outubro de 1984. "Tens cara de baixista", terá dito Crosby a Joaquim Pinto. No mês seguinte, Joaquim Pinto comprou um baixo e fundou, em conjunto com Miguel Pedro e Adolfo Luxúria Canibal, os Mão Morta. Braga, cidade dos arcebispos e bastião por excelência da direita ultra-conservadora, via assim nascer, por ironia do destino, uma banda cuja postura viria, ao longo dos anos, a afrontar os valores morais e políticos de uma sociedade culturalmente atrasada e na ressaca do salazarismo. Mas a verdade é que a cidade de Braga tornou-se, no início dos anos 80, palco de uma intensa agitação cultural. Afinal, por força da Universidade do Minho, aí sediada, Braga era, e continua a ser, uma das mais jovens cidades do país, em termos de população.
Antes dos Mão Morta, Adolfo Luxúria Canibal e Zé dos Eclipses foram os Bang-Bang, banda que nasceu no carnaval de 1981. Seguir-se-iam, ainda no mesmo ano, os AuAuFeioMau, por onde passaram vários jovens artistas bracarenses. Este projecto aliava a música a outras formas de expressão artística - «Rococó, faz o galo» (espectáculo multimédia de dança, teatro, mímica e música - Abr'83); «Dos gatos brancos que jazem mortos na berma do caminho-de-ferro» (espectáculo em conjunto com Carlos Corais - performance musical a partir de ruídos de comboios - Jul'83); «Labiú e a pulga amestrada» (performance circense - Dez'83.) No carnaval de 1984, Adolfo formou com Joaquim Pinto e Miguel Pedro, os PVT Industrial, um grupo de berbequins e ritmos de teares, tendo sido os primeiros bracarenses a tocar em Lisboa (ESBAL). Mas foi em Novembro do mesmo ano que se deu a formação dos Mão Morta. Joaquim Pinto no baixo, Miguel Pedro na guitarra e Adolfo Luxúria Canibal na voz. Fitas pré-gravadas e programações rítmicas do colectivo.
O concerto de estreia dos Mão Morta teve lugar no Orfeão da Foz, no Porto, a 12 de Janeiro de 1985. Dois meses mais tarde entra para a banda o guitarrista Zé dos Eclipses, passando Miguel Pedro para a bateria. Em Novembro, os Mão Morta saíram do 1º Concurso de Nova Música Rock, do Porto, com o quarto lugar, atrás de Bramassaji, Entes Queridos e AF Gang. Poucos dias depois, davam a sua primeira entrevista, no DN, a Fernando Sobral, para quem os MM eram "indiscutivelmente a melhor banda portuguesa do momento".
Soundcheck na Sala TMN ao vivo.
Lisboa, 01 de Outubro de 2011
Realizador: Marco Pereira
Som: Mariana Rodrigues e Marina Guerreiro
CANON XHA1S
Beyer Dynamic ligado a Tascam Hd P2
Reza a lenda que Joaquim Pinto se encontrou com Harry Crosby, baixista dos Swans, durante um concerto da banda americana na cidade de Berlim, em Outubro de 1984. "Tens cara de baixista", terá dito Crosby a Joaquim Pinto. No mês seguinte, Joaquim Pinto comprou um baixo e fundou, em conjunto com Miguel Pedro e Adolfo Luxúria Canibal, os Mão Morta. Braga, cidade dos arcebispos e bastião por excelência da direita ultra-conservadora, via assim nascer, por ironia do destino, uma banda cuja postura viria, ao longo dos anos, a afrontar os valores morais e políticos de uma sociedade culturalmente atrasada e na ressaca do salazarismo. Mas a verdade é que a cidade de Braga tornou-se, no início dos anos 80, palco de uma intensa agitação cultural. Afinal, por força da Universidade do Minho, aí sediada, Braga era, e continua a ser, uma das mais jovens cidades do país, em termos de população.
Antes dos Mão Morta, Adolfo Luxúria Canibal e Zé dos Eclipses foram os Bang-Bang, banda que nasceu no carnaval de 1981. Seguir-se-iam, ainda no mesmo ano, os AuAuFeioMau, por onde passaram vários jovens artistas bracarenses. Este projecto aliava a música a outras formas de expressão artística - «Rococó, faz o galo» (espectáculo multimédia de dança, teatro, mímica e música - Abr'83); «Dos gatos brancos que jazem mortos na berma do caminho-de-ferro» (espectáculo em conjunto com Carlos Corais - performance musical a partir de ruídos de comboios - Jul'83); «Labiú e a pulga amestrada» (performance circense - Dez'83.) No carnaval de 1984, Adolfo formou com Joaquim Pinto e Miguel Pedro, os PVT Industrial, um grupo de berbequins e ritmos de teares, tendo sido os primeiros bracarenses a tocar em Lisboa (ESBAL). Mas foi em Novembro do mesmo ano que se deu a formação dos Mão Morta. Joaquim Pinto no baixo, Miguel Pedro na guitarra e Adolfo Luxúria Canibal na voz. Fitas pré-gravadas e programações rítmicas do colectivo.
O concerto de estreia dos Mão Morta teve lugar no Orfeão da Foz, no Porto, a 12 de Janeiro de 1985. Dois meses mais tarde entra para a banda o guitarrista Zé dos Eclipses, passando Miguel Pedro para a bateria. Em Novembro, os Mão Morta saíram do 1º Concurso de Nova Música Rock, do Porto, com o quarto lugar, atrás de Bramassaji, Entes Queridos e AF Gang. Poucos dias depois, davam a sua primeira entrevista, no DN, a Fernando Sobral, para quem os MM eram "indiscutivelmente a melhor banda portuguesa do momento".
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